- Para aqueles que, assim como eu, gostam de explorar a Bíblia e conciliá-la às fases e etapas da vida, postarei aqui alguns textos interessantes. Espero que gostem!
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“Sou mais do que como”
“O
homem é o que ele come.” Embora essa posição seja radical quanto aos princípios
bíblicos, há certa razão, ao menos em parte. Somos muito mais do que comemos,
porém este ato possui grande influência na formação do nosso ser. O sangue,
ossos e tecidos são nutridos pelos alimentos que, por nós, são ingeridos. Se
deixássemos de comer, com certeza morreríamos. Até mesmo quando extravasamos
comendo demais ou de forma errada, percebemos uma alteração (teoricamente
prejudicial) física e mentalmente. O Senhor não quer isso e Ele se entristece
quando o homem, na sua ignorância, deixa-se destruir por aspectos que poderiam
ser evitados.
No
livro do profeta Oséias, capítulo 4 e versículo 6, há a descrição de que, por
falta de conhecimento/sabedoria, o povo foi destruído. É importante
conhecermos toda a Palavra de Deus e também as teorias que Ele nos permite ter
acesso. Ele concedeu aos homens o privilégio de conhecer mais sobre a medicina
e suas aplicações. Sabemos o quê, quanto e quando comer, então se agirmos
desordeiramente, pecamos. Se não quisermos buscar conhecimento sobre aquilo que
nos faz bem, também pecamos.
Deus
quer que cuidemos tão bem do nosso corpo que nos mostrou (e ainda mostra) as
coisas que servem para a nossa alimentação. Observemos em Levítico 11 e
Deuteronômio 14 a lista de animais que poderiam ou não ser comidos.
Consideremos que a ciência conhecida na época era precária e hoje, graças ao
Senhor, temos um acesso maior. O fato é que Deus sempre preocupou com o que nos
poderia fazer mal. Coloquemos nos dias de hoje: podemos comer frango, peixe,
boi... mas não seria recomendável comermos cobra, cachorro, gato, rato...
É
necessário sermos sábios. Nem tudo que lhe for oferecido deve ser aceito.
Cuidado com os fast foods, as
barraquinhas de esquina e os alimentos de procedência desconhecida. Quando
agirmos imprudentemente, perecemos. Busquemos a plena saúde no corpo, mente e,
principalmente, na nossa vida e comunhão com o Senhor! Deus vos Abençoe!
Ferdinando
Teodoro Soares
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“Dai-lhes vós de comer” Mc. 6.37
A fome é um sintoma de requerimento
energético de um indivíduo. É um sinal de que o nosso corpo está necessitando
de alimentos para suprir as necessidades vitais. É um termo comumente usado
para referir a casos de má-nutrição ou privação de comida, alterando a
quantidade e distribuição dos compartimentos corporais, clinicamente chamado de
desnutrição.
A
desnutrição pode ser tanto primária quanto secundária. A primária compreende a
inadequação da ingestão alimentar enquanto a secundária envolve a primária,
associada a doenças, alterações nas necessidades, metabolismo e absorção de
nutrientes. Essa subnutrição energético-protéica pode ser aguda (Kwashiorkor)
ou crônica (Marasmo).
Diante
desse assunto, observa-se, dentro do campo missionário, a situação de crianças,
jovens e adultos vivendo esse quadro. A imagem de uma criança raquítica,
pequena, pele e osso que, de imediato, vem à memória, é um triste e real estado
de Marasmo.
O
Marasmo é o estágio final do processo de caquexia, em que quase todo o estoque de
gordura se esgota. Dura meses ou anos e o exame clínico demonstra uma aparência
de definhamento, com peso menor que 80% de adequação. Se houve expressão de
espanto ou pensamento assustador, você está compreendendo onde desejo chegar.
Nos
noticiários há relatos frequentes sobre a grande fome em países pobres, imagens
dramáticas aguçam nosso emocional, campanhas de solidariedade são realizadas
com o objetivo de amenizar a situação, muitos choram por pena, outros se
conformam dizendo que a culpa é do próprio ser humano, outros ousam em dizer
que isso é necessário acontecer para que se cumpram as profecias bíblicas, mas
poucos se disponibilizam em agir.
Amar,
se emocionar, compadecer-se ou até mesmo se revoltar diante disso é algo comum,
porém de nada vale se não houver ação. “Se
sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes” (Jo 13.17). Toda a caridade em palavras não trás benefício a
ninguém, nem mesmo ao que a pronuncia, pois estará agindo de hipocrisia. A
ordenança em “dar-lhes de comer” não requer discurso emocional.
Muitos
se limitam a pensar que cumprir o Ide do Senhor está associado em apenas pregar
a Palavra. Pessoas vão aos mendigos, andarilhos e moradores de rua e tentam
fazê-los compreender a amor de Deus Pai, mas o fazem de forma errônea. A
atitude de Jesus em Marcos 6.30-44 demonstra isso. Poderia Ele dispensar o povo
para que procurasse alimento, mas, em sua suprema sabedoria, sabia que haveria
impacto maior demonstrando que Deus também se preocupa com nosso corpo, morada
do Espírito Santo.
Angelis
e Tirapegui relataram em seu amplo estudo contido no livro Fisiologia da Nutrição Humana, (2007), que quando a excreção é
maior que a ingestão, o organismo começa a trabalhar com as reservas, levando a
deficiências nutricionais, imunológicas e psicológicas, além do fato de
dificultar a capacidade de aprendizagem e compreensão deste indivíduo. Isto
levanta um questionamento compreensível: Como alcançarei resultado diante a
Palavra ministrada quando, clinicamente falando, todo um corpo luta para não ir
a óbito?
Deus não precisa de heróis que possam
erradicar a fome de todo o mundo, mas sim de humanos que ajam, declarando o
amor às almas e aos corpos no qual elas pertencem.
- “Como
Deus me ama se Ele me deixa aqui passando fome?” – “Deus te ama tanto que me
despertou para que trouxesse comida pra você”. Será que agindo assim as
possibilidades de falar do Amor do Senhor aumentam?
“A
quem enviarei e quem há de ir por nós? Eis me aqui. Envia-me ali” Então “Dai-lhes
vós de comer”.
Ferdinando Teodoro Soares
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Recomendações
Nutricionais do Autor da Bíblia
O livro da Vida, a Bíblia, é um guia que
nos ajuda a entender as melhores formas e condutas para alcançarmos plena paz e
saúde no corpo, alma e espírito. Sendo assim, encontramos também as
recomendações relativas à alimentação.
Ao permear as histórias nas páginas
deste Livro, observamos que, por comerem o que não deviam, várias pessoas (com
suas famílias) foram levadas à destruição, conforme registra o antigo
testamento: Eli (I Sm 4:11-18), Eglom (Jz 3:17-22), Esaú (Gn 25:29-34), Adão e
Eva (Gn 3). Deus deu as leis dietéticas a todo o povo. Antes de entrarem na
Terra Prometida, o povo de Israel foi orientado em tudo, até quanto ao modo de
se alimentar.
Observemos Daniel e seus três amigos:
eles se alimentavam de vegetais, sementes, grãos, verduras e bebiam água,
enquanto que todo o reinado de Nabucodonosor comiam os manjares
desesperadamente [glutonaria (Gl 5:21)]. Isso os fez ficar mais fortes e dez
vezes mais sábios. O que isso nos trás como conceito? Não é o comer muito
que proporciona saúde e sim o comer corretamente.
A Bíblia ensina muito claramente isto.
Em Filipenses (Fp) 4:5, o apóstolo Paulo exorta que os filhos de Deus viessem a
ter moderação em todas as coisas (agir, pensar, falar, comer...). Agindo assim,
alimentaremos sempre bem e estaremos felizes com o que veremos e sentiremos.
Para perder peso e manter a saúde,
devemos escolher alimentos saudáveis, mudar comportamentos e hábitos de vida,
fazer exercícios e valorizar a esperança com Deus: com Sua ajuda poderemos
realizar muitas coisas (Is 55:2). E nunca podemos nos esquecer de honrar e
louvar a Deus por sempre conceder o que nosso organismo necessita (I Co 10:31).
Deus vos Abençoe!
Ferdinando Teodoro Soares
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